
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
terça-feira, 14 de agosto de 2007
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Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graçae com amor não se paga.
Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.
Amor é dado de graça,é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionáriose a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amobastante ou demais a mim.
Eu te amo porque não amobastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,e da morte vencedor,por mais que o matem (e matam)a cada instante de amor.
Amor é primo da morte,e da morte vencedor,por mais que o matem (e matam)a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade - As sem-razões do amor
Aspiração
Tão imperfeitas, nossas maneiras de amar.
Quando alcançaremos o limite,
o ápice de perfeição,
que é nunca mais morrer,
nunca mais viver
duas vidas em uma,
e só o amor governetodo além,
todo fora de nós mesmos?
O absoluto amor,
revel à condição de carne e alma.

Vem assentar-te neste leito de flores para que eu acaricie tuas faces encantadoras e para que eu coloque rosas almiscaradas em tua doce e lisa cabeça, e para que eu beije tuas belas e longas orelhas, minha inefável alegria! (...)
Dorme e eu te enlaçarei com meu braço. Assim, se enlaçam gentilmente a madressilva silvestre e a madressilva olorosa; assim, a hera fêmea se enrola nos dedos da casca do olmo. Oh! como eu te amo! Como estou apaixonada por ti! (...)
Midsummer's Night Dream - Shakespeare
domingo, 12 de agosto de 2007
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Canteiros - Cecília Meirelles
"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou tão moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida
Pois se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"
"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou tão moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida
Pois se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"

O casamento dos pequenos burgueses
Chico Buarque1977-1978
Ele faz o noivo correto
E ela faz que quase desmaia
Vão viver sob o mesmo teto
Até que a casa caia
Até que a casa caia
Ele é o empregado discreto
Ela engoma o seu colarinho
Vão viver sob o mesmo teto
Até explodir o ninho
Até explodir o ninho
Ele faz o macho irrequieto
E ela faz crianças de monte
Vão viver sob o mesmo teto
Até secar a fonte
Até secar a fonte
Ele é o funcionário completo
E ela aprende a fazer suspiros
Vão viver sob o mesmo teto
Até trocarem tiros
Até trocarem tiros
Ele tem um caso secreto
Ela diz que não sai dos trilhos
Vão viver sob o mesmo teto
Até casarem os filhos
Até casarem os filhos
Ele fala de cianureto
E ela sonha com formicida
Vão viver sob o mesmo teto
Até que alguém decida
Até que alguém decida
Ele tem um velho projeto
Ela tem um monte de estrias
Vão viver sob o mesmo teto
Até o fim dos dias
Até o fim dos dias
Ele às vezes cede um afeto
Ela só se despe no escuro
Vão viver sob o mesmo teto
Até um breve futuro
Até um breve futuro
Ela esquenta a papa do neto
E ele quase que fez fortuna
Vão viver sob o mesmo teto
Até que a morte os una
Até que a morte os una
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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